Em 12 de janeiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o governo do Estado Jackson Barreto (PMDB), surpreendeu o povo sergipano com mais um ataque contra um bem público. O ataque consiste na autorização por parte de Jackson Barreto no que diz respeito a contratação de mais empresas privadas para prestação de serviços na Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO). O objetivo do governador é privatizar de vez a DESO.
A tônica da privatização dos serviços públicos é a política do PMDB em diferentes estados como também na própria esfera federal. Em 29 de novembro de 2016, Michel Temer (PMDB), aprovou o Edital de Concessão de vários aeroportos brasileiros, e a rodada de leilão da venda desses aeroportos ocorrerá ainda no primeiro trimestre de 2017. No Rio de Janeiro, o governador Pezão (PMDB), avança em seu projeto de privatizar a Universidade Estadual (UERJ), no Rio Grande do Sul o governo de Ivo Satori também coloca no balcão de negócios 13 empresas estatais que juntas reúnem 23 mil funcionários.
Não podemos permitir que mais essa medida autoritária de Jackson Barreto, entendemos que assim como a Petrobrás, a DESO é estratégica para o povo sergipano, seja do ponto de vista econômico, seja pelo controle dos recursos naturais. É preciso desfazer o mito de que a privatização é a solução para a empresa. Basta lembrar do caso da Energipe, vendida por Albano Franco (PSDB) em 1997. Após a privatização, os sergipanos além de uma taxa de energia altíssima, ainda consome um serviço de péssima qualidade. Basta olharmos o serviço de iluminação em nossos bairros, isso quando ela existe.
A luta contra a privatização da DESO também se combina com a luta contra a privatização da Petrobrás, da Universidade Federal de Sergipe, da saúde pública ou qualquer outro serviço público. O PSOL entende que a privatização não resolverá a crise propositadamente instaurada nos serviços públicos. O primeiro passo para garantia de maiores investimentos públicos é a garantia da suspensão do pagamento da dívida pública do estado atrelado a não isenção de impostos para o grande empresariado.
Assim como o povo do Alto Sertão sergipano, há anos, realizam atos contra a privatização da DESO e contra a “indústria da seca”, os diferentes movimentos sociais, partidos políticos de esquerda, sindicatos e o conjunto dos trabalhadores sergipanos devem se unificar através de uma frente ampla em defesa de uma DESO 100 % pública e de qualidade! (04/02/2017)
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